quarta-feira, novembro 21, 2007

O significado de "Smart Power".


Joseph Nye que definiu o conceito the smart power, aponta o mesmo como a utilização de uma inteligência contextualizada, no sentido de conseguir combinar o soft power com o hard power para atingir com sucesso o interesse nacional. Ou seja, smart power é uma capacidade ou qualidade política utilizada pelo representante do Estado no plano internacional

«Smart power is the ability to combine hard and soft power with contextual intelligence. Contextual IQ is a broad political skill which involves understanding the evolving culture and needs of potential followers, as well as capitalizing on trends and adjusting style to context.

“It is not that hard or soft power is better, or that an inspirational or transactional style [of leadership] is the answer, but that it is important to understand how to combine these power resources and leadership styles in different contexts,” Nye said. “Successful leadership may rest more upon soft power in the past, but the prize will go to those with contextual intelligence to manage the combination of hard and soft power into smart power.”»

Nye fala no ajustamento do estilo ao contexto e na compreensão da cultura envolvente e também na compreensão das necessidades de um potencial seguidor.

No entanto, aqueles que defendem a realpolitik, parecem querer manipular o conceito de soft power unilateralmente. Ou seja, afinal alguns que se denominam como defensores de uma visão amoralista das relações internacionais, acabam por fugir à pureza da sua corrente de pensamento, e assim terem como valor "moral" e dogmático, a necessidade do Mundo das democracias liberais ocidentais terem que necessariamente esquecer o cariz dos regimes dos outros Estados, quando encetam relações diplomáticas políticas e económicas com os mesmos.

Porque não poderá acontecer o contrário? Afinal os Estados com regimes "condenáveis" também são dependentes de outros Estados e têm interesses a concretizar no "mundo livre ocidental". Então o smart power é também um factor de sucesso para a política externa dos regimes autoritários. E não me parece que líderes políticos como Hugo Chávez da Venezuela, ou Than Shwe do Myanmar, ou Ahmadinejad do Irão sejam os melhores exemplos daqueles que utilizam o smart power.

Uma visão realista não deve ser condicionada por valores morais, no entanto, defender uma política idealista em certas situações poderá ser a possibilidade de melhor concretizar o interesse nacional.

domingo, novembro 11, 2007

Um gesto de bom senso!


O Rei Juan Carlos de Espanha expressou na Conferência Ibero-Americana que decorre no Chile, algo que é partilhado por muitas mentes de bom senso! Simplesmente disse: "porque no te callas?!" a Hugo Chávez. O que provocou este acontecimento foi o facto de o Presidente venezuelano ter classificado o ex-primeiro ministro espanhol Aznar de fascista. De facto, embora eu seja a favor do pluralismo de ideias, existem ocasiões em que dou mais valor ao silêncio.... assim como o Rei Juan Carlos.

sábado, novembro 10, 2007

EU Consent


EU-Consent, é um site que revela ter bastante informação sobre a União Europeia, o alargamento e a integração de novos Estados-membros.


Com especial atenção para a publicação online de "EU- 25/ 27 watch": http://www.eu-consent.net/library/eu25watch/EU-25-27_Watch_No5.pdf

terça-feira, novembro 06, 2007

Porreiro Pá!

O mundo da diplomacia ganhou uma nova onda de entusiasmo com as declarações de Sócrates aquando a conclusão do Tratado Reformador em Outubro deste ano. Como estudante de Relações Internacionais, talvez futuro diplomata, sinto que "é muita porreiro fazer estas cenas dos Tratados Internacionais pá"!

A verdadeira questão é descobrir se o Tratado Reformador é, de facto, "porreiro" ou não, para o interesse nacional. É também colocada a dúvida se o tratado deverá ser referendável ou não. Mas como posso ter acesso ao Tratado para o ler e então formar uma opinião? A resposta está neste site: http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cmsupload/cg00001.en07.pdf

Por agora não tenho opinião formada acerca do Tratado porque não o li na íntegra, apesar de à partida não ser muito favorável a um projecto europeu de carácter federalista, mais próximo, então, da corrente de pensamento francófona. Depois de o ler e reflectir, terei todo o gosto em comentá-lo. Por agora resta me dizer: "Porreiro pá"!!!