Foi-me suscitada esta problemática por um amigo que, me perguntava qual o meu entendimento sobre a actualidade deste dois conceitos políticos.
A inquirição acerca da sua aplicação actual incide sobre a escolha de dois prismas de análise: histórico/conceptual ou contemporâneo/funcional.
A minha perspectiva aponta para uma análise centrada no segundo prima, no entanto, é necessário expor a origem da divisão posicional face ao espectro político.
A expressão dicotómica, esquerda/direita, surgida na sequência da Revolução francesa e, nasce do posicionamento que a corrente liberal e revolucionária ocupava em relação ao rei, ou seja, encontrava-se posicionada à esquerda do monarca e, por oposição, à direita do rei encontrava-se o clero e a nobreza.
De tal interpretação e conceptualização, é de simples verificação a caducidade dos termos mediante este prisma e, a incapacidade evolutiva que a teoria foi capaz de imprimir à temática. Contudo, e pelo prisma funcional, a divisão política assente nestes conceitos mantém-se, devido à remodelação conceptual operada no século XX por Max Weber e outros, caracterizando-se por deslocar e descolar o conservadorismo como a sua componente primordial e unitária.
Assim, o conceito bifurcado sofreu nova bifurcação, na medida em que, o liberalismo e o conservadorismo deixaram de ser elementos exclusivos de uma abordagem, assistindo-se à metamorfose simultânea dos dois espaços, da qual releva a proliferação de novos partidos à direita e à esquerda, assumindo a forma, vulgarmente denominada por, catch all parties.
Boa noite:
ResponderEliminarÉ assustador ver meus alunos a dar esta quantidade imensurável de erros!
Garanto-vos que sinto-me triste e decepcionado por ter de assistir a alunos da Universidade Lusíada a escreverem "prespectiva"...
Lamento.