Coligação estabelece política externa alemã
Os democratas-cristãos e os sociais-democratas, em negociações para acertar os últimos pontos do programa do futuro Governo de grande coligação, aprovaram ontem uma declaração de princípios sobre a política externa da Alemanha, em que defendem a continuação do processo de ratificação do tratado constitucional europeu.
O documento aprovado pela CDU/CSU da chanceler designada Angela Merkel e o SPD refere que a integração europeia e a parceria atlântica continuarão a ser os pilares da política externa alemã. A parceria com a Rússia também surge como um dos seus pressupostos.
Quanto ao orçamento da UE para o período de 2007-2013, o futuro Executivo quer que a Alemanha contribua apenas com 1% do PIB, o que significa uma redução das suas contribuições para Bruxelas. No que diz respeito à Turquia, como tinha sido anunciado na segunda- -feira, a posição é ambígua porque não é explícita sobre a adesão plena daquela país muçulmano à UE.
Numa reunião realizada na terça-feira, a CDU/CSU terá conseguido ainda impor ao SPD que a protecção contra despedimentos passe a vigorar apenas depois de dois anos de contrato de trabalho, avançou o Sueddeutsche Zeitung.
No mesmo encontro, os negociadores das duas formações partidárias terão ainda decidido reduzir as verbas para os subsídios de desemprego e outras medidas sociais do chamado pacote Hartz IV.
A CDU/CSU, em contrapartida, terá acordado que as centrais nucleares alemãs sejam encerradas gradualmente nos próximos 32 anos, conforme previsto numa lei do anterior Governo SPD/Verdes.
Ainda por resolver, estão medidas fiscais como o aumento da taxa de IVA dos 16% para os 18% ou 19% ou uma taxa mais elevada de IRS para os ricos.
Parte de um artigo do DN
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