
«Pareceu-me um bocado propagandex, à Socratex, mas se for verdadex, é bonzex», afirmou Ribeiro e Castro, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
Blogue do C.E.P.R.I.-Centro de Estudos Políticos e de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusíada de Lisboa. Neste espaço discute-se principalmente política nacional e internacional, mas também assuntos do dia a dia.
O Governo espanhol diz que "está a analisar" o comunicado da organização separatista, indicou o porta-voz da presidência do executivo. O anúncio de um cessar-fogo pela ETA é aguardado há várias semanas pelo Governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero. O primeiro-ministro condiciona a abertura das negociações com a ETA o abandono definitivo da violência pela organização separatista.
A ETA, classificada como uma organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, já tinha antes declarado um "cessar-fogo total", em Setembro de 1998. Uma curta trégua, que terminou em Dezembro de 1999. O último atentado mortal remonta a Maio de 2003.
QUEM É A ETA?
A Euskadi Ta Askatasuna (“O País Basco e a sua Liberdade”) foi criada em 1959, por jovens em ruptura com o Partido Nacional Basco. O regime ditatorial de Franco acabou por alimentar o nacionalismo radical. Para os membros da ETA, o País Basco era uma nação ocupada por Espanha.Até 1968, as acções da ETA eram sobretudo de propaganda. O movimento organizou-se depois sobretudo em duas frentes: a militar e política, com o partido Herri Batasuna. A ETA é considerada uma organização terrorista pelos Governos de Espanha e França, pela União Europeia e pelos EUA.
OS ATENTADOS MAIS SANGRENTOS
07-06-1968: no primeiro grande atentado da ETA, o chefe da polícia de Irún, Melitón Manzanas, foi assassinado
20-12-1973: uma explosão telecomandada num automóvel matou o chefe do Governo, o almirante Carrero Blanco – o veículo foi projectado à altura de cinco andares
13-09-1974: 12 pessoas morreram na explosão de uma bomba no café “Rolando” em Madrid
29-07-1979: Bombas nas estações de comboio de Madrid. Morreram cinco civis, um agente da Guardia Civil e outro da polícia Nacional
15-07-1986: explosão de um carro armadilhado na Plaza de la República Dominicana, Madrid, quando passava um comboio da Guardia Civil. Morreram 12 agentes.
19-06-1987: um carro armadilhado no parque do centro comercial Hipercor, Barcelona, causou 21 mortos e 45 feridos
11-12-1987: um carro armadilhado com 250 quilos de explosivos foi lançado contra a o Quartel da Guardia Civil de Saragoça, provocando 11 mortos e 40 feridos
29-05-1991: carro armadilhado no quartel da Guardia Civil em Vic (Barcelona). Dez mortos
21-06-1993: um carro armadilhado explodiu à passagem de um veículo militar em Madrid, provocando sete mortos e 36 feridos
11-12-1995: um carro armadilhado explodiu quando passava um veículo militar em Vallecas (Madrid). Morreram seis civis que trabalhavam para a Marinha
30-12-2003: uma bomba numa viatura da Polícia Nacional matou dois agentes, em Sanguesa, Navarra - foi o último atentado mortal da ETA até hoje.
Períodos de tréguas
Janeiro - Abril 1989: trégua de 15 dias que se prolongou a dois meses para negociações
Abril - Maio 1990: trégua para negociações
Junho 1996: trégua de uma semana para que o novo governo do PP tomasse uma iniciativa política
Setembro 1998 - Novembro 1999: trégua para negociações
Fevereiro 2004: ETA anuncia fim de “acções armadas” na Catalunha
Março 2005: ETA anuncia "cessar-fogo permanente"
A entrevista correu mal praticamente desde o início, com Berlusconi e a jornalista, Luzia Annunziata, a falarem ao mesmo tempo e a interromperem-se repetidamente. A entrevista começou com uma pergunta sobre a demissão do ministro da Saúde, Francesco Storace, no sábado, por alegado envolvimento num caso de espionagem política. Berlusconi reconheceu que o sistema eleitoral italiano pode ser infiltrado e responsabilizou por isso «a esquerda», dizendo que em 1996 os votos tinham sido manipulados.
As perguntas seguintes centraram-se no possível conflito de interesses que teria Berlusconi como empresário e primeiro-ministro, considerando a melhoria económica das estações privadas de televisão durante o seu mandato, em detrimento das públicas. «Se me der um minuto para me explicar», exclamou o chefe do governo, sem no entanto conseguir calar a jornalista, conotada com o centro-esquerda.
«Exijo que me deixe responder, se não levanto-me e vou-me embora, ouviu?», disse a dado passo da emissão, que se tornou difícil de seguir por ambos falarem ao mesmo tempo. Um minuto depois, o chefe do governo e principal empresário dos media italianos cumpriu a ameaça e levantou-se antes do final da gravação. Ao fazê-lo disse que a entrevista dera um bom exemplo de alguém «com preconceitos e de esquerda» e acrescentou que ela «devia ter um pouco de vergonha».
«E dizem que controlo a RAI», disse ainda ao sair do estúdio, já fora de cena. Por decisão do director de informação da RAI 3, a peça foi para o ar ao princípio da tarde no programa «In mezz'ora» como se fosse em directo, não editada e sem cortes. Berlusconi e o dirigente do centro esquerda Romano Prodi, seu principal adversário nas eleições legislativas de 09 e 10 de Abril, terão um primeiro debate televisivo, seguido de outro, a 03 de Abril.
Excerto da entrevista pode ser vista clicando aqui.