segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Che Guevara, qual a realidade por trás do mito?


A propósito da transmissão na RTP, dos filmes sobre o "diário de Che Guevara" ("Motorcycle Diaries"), tendo em conta o imcompreensível culto da extrema esquerda portuguesa a esta personagem, e a sua injustificável mitificação. É aconselhável procurar a verdade dos factos e afastar a instrumentalização propagandística de Ernesto Guevara de la Serna.

O peruano Alvaro Vargas Llosa, académico, editor e colunista nos EUA, elaborou um dos mais claros e elucidativos artigos sobre a verdade que se esconde atrás do mito e culto de Che Guevara: "The Killing Machine: Che Guevara, from Communist Firebrand to Capitalist Brand".

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Fukuyama entrevistado por Bob Wright.


Francis Fukuyama, politólogo popularizado através da obra "The end of History and the last Man", é entrevistado por Robert Wright jornalista, autor e editor de diversas publicações norte-americanas.

É um facto que a popularização dos autores discutidos nas diversas áreas científicas, causa generalizações abusivas, interpretações erradas e conceitos inválidos. É por isso um privilégio, a oportunidade de os poder ouvir e compreender através da sua própia voz:

sábado, fevereiro 10, 2007

ACL Awards 2007

ANNUAL AMERICAN CLUB AWARD

The American Club Award of 2007 aims to support individuals working on projects to enhance Luso-American ties. This year the American Club Award Committee has targeted six major subject areas:

· New Telecommunication Technology and Applications

· Ubiquitous Computing

· Innovative Journalism in all Media

· Conflict Resolution Through Mediation

· Integration of Allopathic and Eastern Medicines

· Innovative Practical Applications of Quantum Physics

Competition for this award, in the amount of 3,300 US dollars, is open to Portuguese citizens between the ages of 20-35, who must have completed a minimum of two years undergraduate studies.

The award is to be used for travel and lodging expenses within the United States for a 2-4 week visit, and also includes round trip tickets between Portugal and the United States courtesy of Continental Airlines.

REQUIREMENTS

Applicants must submit a one-page proposal with a specific description of the project, accompanied by a one-page Curriculum Vitae, in English by e-mail with the word "Award" in the subject line.

All applications received exceeding this 2-page limit will be immediately disqualified.

Applications will be accepted only until noon on May 2, 2007.

Applicants must be fluent in both spoken and written English.

All applicants will be contacted by May 9th.

Interviews will be conducted in English during the third week in May.

The Award must be used before December 10th 2007. Continental Airlines ticket booking dates, subject to availability.

For further information please contact:
THE AMERICAN CLUB OF LISBON

Tel: 213 529 308

Fax: 213 529 309
americanclub@mail.telepac.pt
URL: www.americancluboflisbon.com

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O REINO DA HIPOCRISIA

As aparências são tudo! Tal se aplica em Portugal onde reina a hipocrisia.

A nossa sociedade é o reflexo do estado da nossa civilização. Uma civilização, onde predomina a dupla personalidade, pois só assim se pode justificar os acontecimentos actuais.

De acordo com o dicionário, a palavra hipocrisia deriva do “grego “Hipokrités”, fingimento de boas qualidades para ocultar os defeitos; falsidade; dissimulação.”
Este é o retrato da nossa sociedade. Onde os indivíduos para manterem as aparências defendem e comportam-se de um determinado modo, que consideram ser a boa moral e os bons costumes. Ser a maneira correcta como se deve conviver em sociedade, defendo a dita moral e os bons costumes como se fosse um dogma.

Mas em privado, cai o Santo e a Trindade. Verifica-se que as suas boas maneiras, a sua moral, as suas qualidades estão assentes em falsidades, ou seja, as suas bases não tem suporte de apoio. Pois em privado já não se aplicam, pois o que interessa são as aparências.

Dai que a nossa sociedade, é caracterizada pela dupla personalidade dos seus indivíduos.

Se queremos ser credíveis, temos que ter o mesmo comportamento que temos em publico e em privado. Pois se não, não deixaremos de ser indivíduos arrogantes, que temos o sentimento de ser superiores aos outros e mania da razão.

Cada individuo tem o direito de ter a convicção de ser convencido, de ter a mania que é superior aos outros, de ter a mania que tem valores e uma moral superior aos dos outros e de ter a mania da razão. Mas desde tenham essas qualidades e tenham o mesmo actos quer em publico quer em privado, pois se assim não for não deixa de ser um falso, um hipócrita, um pudico.

Ou seja temos indivíduos que se auto intitulam de civilizados, de detentores e defensores da boa moral e bons costumes, que consideram repugnante perante a ideia do assassínio, do incesto, do aborto, de mentir, de copiar, de fingir as suas qualidades. Mas adoram satisfazer a sua cobiça, ambição, a sua agressividade, as suas cobiças sexuais, que não hesitam em prejudicar os seus semelhantes por meio da mentira, do engano, da calunia, contanto que o possam fazer com impunidade, contudo vivendo sempre com o medo que alguém descubra que as suas qualidades são falsas e que vivem numa mentira.

Este é a caracterização possível da nossa sociedade, já acreditava que a nossa sociedade era assim mas a minha opinião tem sido reforçada e acentuada desde que começou o debate sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.

Onde o que esta em causa é o tipo de sociedade que queremos e não as nossas convicções morais, politicas, religiosas e éticas.
O que esta em causa não é o direito a vida, é o direito a liberdade.
Liberdade de sermos o que somos, liberdade de escolha se queremos ter filhos ou não, liberdade de fazer o que queremos com o nosso corpo, liberdade de termos as nossas convicções religiosas politicas e religiosas, liberdade de dois homens ou duas mulheres se casarem, liberdade da pratica de eutanásia.
E por favor deixem de demagogias, do tipo de dizerem que qualquer dia só falta casarem-se homens com cães e mulheres com gatos. É necessário respeitarmos as convicções e os valores uns dos outros, ou seja é necessário chegar a um compromisso.

E tal respeito aplica-se ao debate actual sobre o aborto, chegou-se ao compromisso, de que se considera que ate as 10 semanas de gravidez, o período aceitável para se poder interromper a gravidez, de acordo com a actual lei. Ao contrário de outros países ocidentais, que vão ate as 24 semanas de gravidez, dependendo de Estado para Estado.
Não vou aqui numerar todos os argumentos que os defensores do Sim e do Não já debateram.

Contudo este debate revela a hipocrisia que a nossa sociedade chegou. Onde os defensores do Não são contra que as mulheres sejam criminalizadas e levadas a julgamento, mas já não se chocam com as condições deploráveis que uma mulher tem que suportar ao fazer um aborto clandestino.
Já não se chocam se uma mulher morrer por fazer um aborto.
Já não se chocam se uma mulher sofrer danos irreparáveis para o resto da sua vida, onde nunca mais pode ter filhos.
Já não se chocam com os danos irreparáveis psicológicos que uma mulher sofre, quer por ter ser obrigada devidas as suas condições de vida por não poder ter um filho e ter que ser obrigada a fazer um aborto.
Já não se chocam com o sofrimento psicológico que uma mulher sofre ao ter que ir para a clandestinidade, de não ter um acompanhamento médico, de andar viver num clima de medo de que alguém descubra e seja perseguida pelas autoridades.
Já não se chocam com uso dos nossos impostos sejam usados, para pagar as contas dos hospitais das mulheres que chegam as portas da morte por ter feito um aborto clandestino.
E já não se chocam que os nossos impostos sejam usados para perseguir mulheres e para julga-las mesmo que no fim de o julgamento as mulheres sejam absolvidas.

E por ultimo já não se chocam em ser hipócritas, onde se tivessem nas mesmas condições de vida que muitas mulheres vivem, não se chocavam em ir com as suas filhas a Espanha ou outro país verdadeiramente civilizado, para poderem interromper voluntariamente a gravidez de suas filhas.

Se queremos ser a favor da vida, temos que lutar por isso, temos que lutar para criar condições para que mulheres e casais possam ter aquilo que mais desejam, ter um filho. É preciso lutar por uma verdadeira politica de família, como esta acontecer na Alemanha onde as mulheres para poderem beneficiar dos novos benefícios faziam tudo e mais alguma coisa para poderem adiar o nascimento dos seus filhos. É preciso lutar por uma verdadeira educação sexual nas escolas, pois é de novo que se aprende e não depois dos erros serem cometidos.

A nossa sociedade tem problemas sérios, e são precisos Homens e Mulheres sérios para os resolver, Homens e Mulheres com carácter e com verdadeiras qualidades. Onde critiquem a sociedade, no sentido de provocar uma mudança de mentalidades. E sem uma mudança de mentalidades é impossível lutar contra o sistema vigente. Onde Reina a Hipocrisia, a nível social, politico e religioso.

Pois se não, tal como Sigmund Freud disse: “Existe infinitamente mais homens que aceitam a civilização como hipócrita do que Homens e Mulheres verdadeiramente civilizados.”

E este tipo de sociedade não nos trás honra e orgulho nenhum!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Portugal e o mandato na União Europeia:Integração da Turquia?

Esta análise pretende clarificar um pouco melhor a questão, na perspectiva da segurança, tendo em consideração tanto o interesse nacional dos Estados europeus como da própria União.

Integrada no sistema de segurança euro-atlântico, a Turquia tem desenvolvido esforços constantes para integrar as União Europeia (UE), com o apoio inequívoco dos EUA e da Grã-Bretanha e reservas por parte de alguns Estados membros da UE.

A Turquia enquanto potência regional, encontra-se geográficamente no meio do Continente Europeu e do Continente Asiático. A sua posição privilegiada no coração da região euro-asiática e como pilar "ocidental" num vasto Médio Oriente, poderá ser um benefício inquestionável para a acção europeia nesta região. No Médio Oriente,uma área de especial interesse para a Aliança Atlântica (NATO) mas mais propriamente para a Europa, tanto por razões históricas como também por causa do seu impacto na segurança europeia, a UE Terá muito a ganhar a nível de status.

Tendo a Turquia boas relações com ambos os lados e credibilidade tanto em Israel como no mundo árabe em geral, a sua adesão poderá, sem dúvida, aumentar a influência da União no Médio Oriente, podendo ser usada em benefício de esforços comuns no sentido de pacificar e estabilizar esta região estratégicamente crítica (oportunidades similares apresentam-se no Mar Negro, no Sul do Cáucaso e Ásia Central, onde a Europa tem mantido uma posição discreta no passado, mas a Turquia , por razões geográficas, culturais, religiosas e linguísticas, tem sido um jogador activo).

Como um dos parceiros mais fortes da NATO, com uma orientação claramente convergente com a PESD, a adesão da Turquia poderá ser de grande valor para o sistema de defesa europeu.

As carências energéticas poderão ser mitigadas, pois com a construção do pipeline Baku-Tbilisi-Ceyhan e com a emergência da bacia do Mar Cáspio enquanto uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo, a Europa poderá conseguir o acesso a estes recursos vitais na Ásia Central e regiões da Sibéria, tornando a Turquia num factor vital para a segurança europeia no que diz respeito ao abastecimento energético do Médio Oriente, do Mar Cáspio e da Rússia.

Por fim, a adesão da Turquia à UE poderá afirmar a natureza da União, enquanto sociedade aberta e tolerante, advindo a sua força da diversidade e unidos por valores comuns de liberdade, democracia, o carácter da Lei e o respeito pelos Direitos Humanos. A Europa poderá apresentar-se como um modelo alternativo ao modelo exclusivista, sectário e fechado impulsionado por radicais islâmicos. A Europa poderá ter um inestimável papel nas relações futuras entre o "Ocidente" e o mundo islâmico, podendo vir a adquirir com isto uma maoir respeito e credibilidade, melhorando o seu "Soft Power" em muitas partes do globo.

A inclusão bem sucedida da Turquia no processo de integração europeu, contudo, poderá mostrar ao mundo islâmico que é de facto possível encontrar respostas para o dilema gerado relativamente à combinação de tradições e credos religiosos com valores das sociedades modernas que são universalmente aceites.

Luís Albogas

Ps: gostaria que deixassem a vossa posição relativamente a esta questão premente do futuro da União Europeia, até mesmo apresentando outras prespectivas tanto a favor como contra a integração da Turquia.

" Com o debate, por vezes, consegue-se ver mais além"

domingo, fevereiro 04, 2007

Samuel Huntington


Samuel Huntingon nesta entrevista, fala sobre a sua mais recente obra: “Who Are We? The Challenges to America’s National Identity”. Um dos seus capítulos, gerou grande polémica nos EUA ao referir a oposição existente entre os hispânicos não assimilados na sociedade norte-americana, e a cultura fundadora da identidade nacional dos EUA, a cultura anglo-protestante.

sábado, fevereiro 03, 2007

2007 - Ano Europeu da igualdade de oportunidades para todos

Why this 2007 European Year?

The European Union (EU) has every reason to be proud of its anti-discrimination legislation, one of the most extensive in the world. In 2000, the European Union adopted two very wide-ranging laws to prohibit discrimination based on racial or ethnic origin, religion or belief, disability, age or sexual orientation in the workplace and, as far as racial and ethnic origin is concerned, in other aspects of daily life. These texts build on the extensive provisions at EU level to promote equality between women and men.

However, calling for equal rights and adopting laws to try and guarantee them is not enough to ensure that equal opportunities are enjoyed by everyone in practice. Incentives have to be given to bring about a change in behaviour and mentality. Steps also have to be taken to tackle the intricate patterns of inequality suffered by certain groups and communities in Europe, such as the Roma, while examining the roots of these problems. Finally, we have to acknowledge that our societies are changing. Examples of this are the EU's ageing population and its increasingly multiethnic makeup. The ever-growing diversity sets new challenges that we have to meet more effectively, while offering myriad opportunities that we have to seize.

The 2007 European Year of Equal Opportunities for All is an initiative leading the way to a bolder strategy seeking to give momentum to the fight against discrimination in the EU, as the Commission explained in a document, published in June 2005, called ' Framework strategy for non-discrimination and equal opportunities for all'. During the Year, all discrimination grounds have to be treated in a balanced way and the different ways in which women and men experience discrimination on the grounds of sex, racial or ethnic origin, religion or belief, disability, age or sexual orientation have to be considered as well.

The Year aims to:

  • make people more aware of their rights to enjoy equal treatment and a life free of discrimination – irrespective of sex, racial or ethnic origin, religion or belief, disability, age and sexual orientation
  • promote equal opportunities for all
  • launch a major debate on the benefits of diversity both for European societies and individuals

Activities during the Year will be organised around four key objectives: rights, representation, recognition and respect:

  • Rights – Raising awareness on the right to equality and non-discrimination and on the problem of multiple discrimination
  • Representation – Stimulating debate on ways to increase the participation of groups in society which are victims of discrimination and a balanced participation of men and women
  • Recognition – facilitating and celebrating diversity and equality
  • Respect – Promoting a more cohesive society

Boletim de Janeiro 2007


O Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental informa que o boletim de Janeiro já está disponível no sítio Web deste Centro Regional de Informação, no endereço http://www.unric.org/html/portuguese/newsletter/newsletter_portugal21.pdf