Ocorreu-me esta pergunta há um mês, quando assisti à gigantesca e encenada operação de tomada de posse do Presidente da República (escusam de me entupir a caixa de correio com mails a explicar as diferenças entre Monarquia e República - a pergunta é retórica e tem um ponto de vista puramente simbólico). Na verdade, a tomada de posse de Cavaco Silva esteve mais próxima da coroação de um rei do que de um acto formal, absolutamente corriqueiro em democracia. Tratava-se de uma posse curricular - mas a própria cobertura televisiva a transformou numa gala real.
Aqui há dias, ao ver o Presidente e a mulher no Hospital da Estefânia, trocando palavras de circunstância com doentes e profissionais de saúde, revi a Princesa Diana nos inúmeros hospitais por onde espalhou o seu sorriso. Numa revista social vejo Maria Cavaco Silva no Palácio de Belém rodeada pelos seus alunos da Universidade Católica e as imagens não são diferentes daquelas que mostram regularmente reis, rainhas e princesas de toda a Europa.
Ou seja, nos três momentos que observei o que releva das imagens é exactamente uma aproximação aos modelos, modos de estar e posturas que as monarquias europeias têm vindo a adoptar.
Já se sentia essa carga com Mário Soares e depois com Jorge Sampaio, mas em ambos os casos era óbvio algum amadorismo na forma de lidar com as novas realidades mediáticas. Agora, com o novo Presidente, profissionaliza-se a atitude e parece que fica definida, de uma vez por todas, a carga simbólica do Presidente, e esta mistura do melhor de dois mundos: democracia plena, a eleição directa, os direitos e poderes do Presidente, de um lado; e do outro lado, a postura majestosa, o peso do protocolo, a atitude simbólica nos actos públicos.
Nas ruas, teremos um Rei e uma Rainha, como o povo deseja e gosta de ver, de preferência com as melhores jóias, como a rainha de Inglaterra defendia - dentro das quatro paredes do Palácio de Belém, teremos um político profissional e uma primeira-dama que já confessou que está, dentro de casa, de "olho mais atento para as coisas que estão a precisar de obras". Um animado convívio entre dois regimes.
Aqui há dias, ao ver o Presidente e a mulher no Hospital da Estefânia, trocando palavras de circunstância com doentes e profissionais de saúde, revi a Princesa Diana nos inúmeros hospitais por onde espalhou o seu sorriso. Numa revista social vejo Maria Cavaco Silva no Palácio de Belém rodeada pelos seus alunos da Universidade Católica e as imagens não são diferentes daquelas que mostram regularmente reis, rainhas e princesas de toda a Europa.
Ou seja, nos três momentos que observei o que releva das imagens é exactamente uma aproximação aos modelos, modos de estar e posturas que as monarquias europeias têm vindo a adoptar.
Já se sentia essa carga com Mário Soares e depois com Jorge Sampaio, mas em ambos os casos era óbvio algum amadorismo na forma de lidar com as novas realidades mediáticas. Agora, com o novo Presidente, profissionaliza-se a atitude e parece que fica definida, de uma vez por todas, a carga simbólica do Presidente, e esta mistura do melhor de dois mundos: democracia plena, a eleição directa, os direitos e poderes do Presidente, de um lado; e do outro lado, a postura majestosa, o peso do protocolo, a atitude simbólica nos actos públicos.
Nas ruas, teremos um Rei e uma Rainha, como o povo deseja e gosta de ver, de preferência com as melhores jóias, como a rainha de Inglaterra defendia - dentro das quatro paredes do Palácio de Belém, teremos um político profissional e uma primeira-dama que já confessou que está, dentro de casa, de "olho mais atento para as coisas que estão a precisar de obras". Um animado convívio entre dois regimes.
E viveram felizes para sempre...
Pedro Rolo Duarte in DN
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