O tradicional prato árabe de bolinhas de grão-de-bico conhecido como falafel é um dos últimos alvos dos radicais islâmicos do Iraque. Os vendedores de falafels são visitados por grupos extremistas, que os avisam de que é melhor fecharem as suas bancas se não querem ser mortos.
Os corajosos que se recusam a fechar as suas bancas são pouco tempo depois mortos por atentar contra a moral pública. Interrogados sobre qual era o problema de vender este prato, os radicais respondem que este não existiam no tempo de Maomé e que por isso não deveria ser vendido. O mesmo argumento é usado para ameaçar os vendedores de blocos de gelo para conservar os alimentos (numa cidade onde as temperaturas atingem os 50ºC).
Resta saber porque os vendedores de hambúrgueres ou kebabs podem continuar a exercer os seus negócios e porque os próprios radicais usam carros para se deslocarem e kalachnikovs para executarem os infiéis, quando no tempo de Maomé também não havia nada disso. É um puritanismo selectivo?
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