A agitada campanha para as directas no PSD deu ao país a imagem real do que se passa nas resguardadas fileiras do partido da Lapa. Efectivamente estava em causa a eleição de um novo líder, que goza da possíbilidade de concorrer a primeiro-ministro já em 2009. Isto, obviamente, se o desastre e o descalabro não desabar sobre o PSD.
A verdade é que o que parecia improvável se tornou real e de forma muito expressiva (um diferença de cerca de 4000 votos).
Resta agora saber de que forma Menezes pretende fazer oposição ao governo ao nível parlamentar. Tudo depende, é certo, de quem for eleito líder parlamentar. Mas esta não é questão de somenos importância, visto que o actual grupo parlamentar do PSD foi desenhado por Santana Lopes, gerido por aproximadamente dois anos por Mendes e agora entra numa nova "gerência", a de Menezes. Será, pois, essencial que Menezes capitalize ao máximo os deputados que pretenderem desenvolver aquilo que o agora presidente defendeu em campanha, sem, no entanto, se deixar ofuscar por eventuais apoiantes com maior visiblidade que ele próprio.
Quanto a Mendes, verificou-se que o Baronato do PSD só por si não lhe valeu a vitória.
Em conclusão, esperemos para ver se é Menezes capaz de garantir a união do partido que, segundo o avisado líder do PSD-Madeira terá que se portar bem se não quer que aconteçam surpresas desagradáveis.
Para bem do país e da democracia, é bom que se entendam.
sábado, setembro 29, 2007
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