terça-feira, março 28, 2006

Les uns, et les autres....


O líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, considerou hoje positivo o programa de simplificação administrativa apresentado segunda-feira pelo Governo, o «Simplex».

«Pareceu-me um bocado propagandex, à Socratex, mas se for verdadex, é bonzex», afirmou Ribeiro e Castro, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

segunda-feira, março 27, 2006

PSD - Que oposição?



Fazem-se, por esta altura, os mais diversos balanços acerca do governo do Engº Sócrates. Uns são-lhe nitidamente favoráveis, ou porque vêm da área política que apoia o governo, ou porque simplesmente compreendem a inevitabilidade de tais medidas. Outros são de tal forma arrasadores, denegrindo na totalidade o trabalho governativo deste último ano, que para serem considerados era necessário uma dose extra de boa disposição, pois não passam de meras piadas de gosto duvidoso.

No entanto, o tema deste post é a oposição desenvolvida pelo PSD.O PSD, neste último ano, tem estado de pés, mãos e ideias presas no mais fundo do baú social democrata. Não se tem visto o líder do maior da oposição tomar iniciativas públicas que não passem pela mera destruição dos projectos apresentados pelo governo.

Poderia discutir-se a forma, a matéria ou a viabilidade dos projectos, mas não. O PSD, neste último ano, tem negado exaustivamente projectos que os seus próprios governos tinham em agenda. Tem funcionado como um apoio sindical aos agricultores (apenas os que receberam milhares de euros em subsídios, compraram montes e jipes e agora não têm como os sustentar); aos presidentes de câmaras e governos regionais, cujos cargos julgam seus por direito (não esqueçamos que a lei da limitação de mandatos só entrará em vigor em 2013), e muitos outros casos poderiam ser citados. Tem sido, basicamente, uma força de bloqueio.

A questão que se coloca, é se esta é a oposição que o PSD deveria fazer? Não estará esta oposição a fazer sair do partido militantes com vontade de agir conscientemente? Não estará esta oposição demasiado esperançada no futuro?

Será o Dr. Mendes um verdadeiro líder da oposição? Sê-lo-á no seu próprio partido? Não me cabe a mim dar lições ao PSD, mas algumas interrogações se me colocam em relação à necessidade de uma oposição, que fosse pelo menos coesa.

domingo, março 26, 2006

World MUN 2006 Beijing CHINA (27/31 Março)


Os números continuam a ser um dos principais indicadores da dimensão e prestígio de um dos maiores encontros anuais de jovens estudantes universitários. O World MUN 2006, a realizar em Pequim, na China, espera mais de mil participantes, oriundos de cerca de meia centena países dos quatro cantos do mundo. Portugal estará representado com três delegações, compostas por alunos estreantes e por outros em que o World MUN constitui a quarta participação num Model of the United Nations.

A Universidade Lusíada de Lisboa, que participa no, evento pelo terceiro ano consecutivo, apresentase com duas delegações, perfazendo um total de dezassete participantes, dois dos quais, o Dr. José Francisco Pavia e o Dr. Vasco Rato, na condição de Faculty Advisers.
O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas fár-se-à representar por uma delegação de cinco elementos, chefiada por Ricardo Rodrigues, aluno do 3º ano na licenciatura em Relações Internacionais.

A participação nacional contará ainda com a presença de uma delegada, a titulo individual, Joana Nóbrega, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Para Filipe Zuluaga, Head Delegate das delegações da Universidade Lusíada de Lisboa, o World MUN é “um meio de excelência para a aplicação dosconhecimentos adquiridos na universidade”, acrescentando ser também “uma boa forma de conhecer pessoas com realidades culturais diferentes da “nossa”. Este aluno do 3º ano da licenciatura em Relações Internacionais, espera que a participação da Lusíada se paute pela “aprendizagem de novos conceitos e realidades, companheirismo, diversão e, se possível, um Diplomacy Award”.

Ouvidos os participantes nas anteriores edições do World MUN, há um sentimento comum: os Models of the United Nations possibilitam uma aplicação prática dos conteúdos teóricos e programáticos das licenciaturas; dão uma experiência ímpar para quem percorre a fase final do apetrechamento académico; permitem um relacionamento internacional, difícil de obter em qualquer outra circunstância.

Os delegados nacionais ultimam agora os preparativos, nomeadamente a recolha e produção dos documentos necessários para a participação num evento, que já se impôs como um dos maiores e mais exigentes simulacros internacionais.
Mais informações podem ser consultadas directamente no site do World MUN 2006.

quarta-feira, março 22, 2006

ETA anuncia "cessar-fogo permanente"


Num comunicado transmitido aos meios de comunicação social bascos, a ETA anuncia um "cessar-fogo permanente" a partir de sexta-feira. A concretizar-se a promessa, constituirá um primeiro passo para o início das negociações com o Governo de Madrid para relançar o "processo democrático" no País Basco.

"A ETA decidiu declarar um cessar-fogo permanente a partir de 24 de Março", indica o comunicado intitulado "Messagem de Euskadi Ta Askatasuna (pátria basca e liberdade) ao povo basco".

"O objectivo desta decisão é impulsionar um processo democrático no País Basco e edificar uma nova estrutura em que sejam reconhecidos os direitos dos bascos como povo", diz o comunicado entregue à radiotelevisão pública basca EITB, noticiou a Rádio Euskado.

O Governo espanhol diz que "está a analisar" o comunicado da organização separatista, indicou o porta-voz da presidência do executivo. O anúncio de um cessar-fogo pela ETA é aguardado há várias semanas pelo Governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero. O primeiro-ministro condiciona a abertura das negociações com a ETA o abandono definitivo da violência pela organização separatista.

A ETA, classificada como uma organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos, já tinha antes declarado um "cessar-fogo total", em Setembro de 1998. Uma curta trégua, que terminou em Dezembro de 1999. O último atentado mortal remonta a Maio de 2003.


QUEM É A ETA?

A Euskadi Ta Askatasuna (“O País Basco e a sua Liberdade”) foi criada em 1959, por jovens em ruptura com o Partido Nacional Basco. O regime ditatorial de Franco acabou por alimentar o nacionalismo radical. Para os membros da ETA, o País Basco era uma nação ocupada por Espanha.Até 1968, as acções da ETA eram sobretudo de propaganda. O movimento organizou-se depois sobretudo em duas frentes: a militar e política, com o partido Herri Batasuna. A ETA é considerada uma organização terrorista pelos Governos de Espanha e França, pela União Europeia e pelos EUA.

OS ATENTADOS MAIS SANGRENTOS

07-06-1968: no primeiro grande atentado da ETA, o chefe da polícia de Irún, Melitón Manzanas, foi assassinado
20-12-1973: uma explosão telecomandada num automóvel matou o chefe do Governo, o almirante Carrero Blanco – o veículo foi projectado à altura de cinco andares
13-09-1974: 12 pessoas morreram na explosão de uma bomba no café “Rolando” em Madrid
29-07-1979: Bombas nas estações de comboio de Madrid. Morreram cinco civis, um agente da Guardia Civil e outro da polícia Nacional
15-07-1986: explosão de um carro armadilhado na Plaza de la República Dominicana, Madrid, quando passava um comboio da Guardia Civil. Morreram 12 agentes.
19-06-1987: um carro armadilhado no parque do centro comercial Hipercor, Barcelona, causou 21 mortos e 45 feridos
11-12-1987: um carro armadilhado com 250 quilos de explosivos foi lançado contra a o Quartel da Guardia Civil de Saragoça, provocando 11 mortos e 40 feridos
29-05-1991: carro armadilhado no quartel da Guardia Civil em Vic (Barcelona). Dez mortos
21-06-1993: um carro armadilhado explodiu à passagem de um veículo militar em Madrid, provocando sete mortos e 36 feridos
11-12-1995: um carro armadilhado explodiu quando passava um veículo militar em Vallecas (Madrid). Morreram seis civis que trabalhavam para a Marinha
30-12-2003: uma bomba numa viatura da Polícia Nacional matou dois agentes, em Sanguesa, Navarra - foi o último atentado mortal da ETA até hoje.

Períodos de tréguas

Janeiro - Abril 1989: trégua de 15 dias que se prolongou a dois meses para negociações
Abril - Maio 1990: trégua para negociações
Junho 1996: trégua de uma semana para que o novo governo do PP tomasse uma iniciativa política
Setembro 1998 - Novembro 1999: trégua para negociações
Fevereiro 2004: ETA anuncia fim de “acções armadas” na Catalunha
Março 2005: ETA anuncia "cessar-fogo permanente"

Inesquecível...

Momentos de uma campanha presidencial

domingo, março 12, 2006

Berlusconi abandona programa de televisão


O primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, discutiu com uma jornalista da estação pública RAI 3, durante uma entrevista para a qual tinha sido convidado, e saiu do estúdio antes do final da gravação.

A entrevista correu mal praticamente desde o início, com Berlusconi e a jornalista, Luzia Annunziata, a falarem ao mesmo tempo e a interromperem-se repetidamente. A entrevista começou com uma pergunta sobre a demissão do ministro da Saúde, Francesco Storace, no sábado, por alegado envolvimento num caso de espionagem política. Berlusconi reconheceu que o sistema eleitoral italiano pode ser infiltrado e responsabilizou por isso «a esquerda», dizendo que em 1996 os votos tinham sido manipulados.

As perguntas seguintes centraram-se no possível conflito de interesses que teria Berlusconi como empresário e primeiro-ministro, considerando a melhoria económica das estações privadas de televisão durante o seu mandato, em detrimento das públicas. «Se me der um minuto para me explicar», exclamou o chefe do governo, sem no entanto conseguir calar a jornalista, conotada com o centro-esquerda.

«Exijo que me deixe responder, se não levanto-me e vou-me embora, ouviu?», disse a dado passo da emissão, que se tornou difícil de seguir por ambos falarem ao mesmo tempo. Um minuto depois, o chefe do governo e principal empresário dos media italianos cumpriu a ameaça e levantou-se antes do final da gravação. Ao fazê-lo disse que a entrevista dera um bom exemplo de alguém «com preconceitos e de esquerda» e acrescentou que ela «devia ter um pouco de vergonha».

«E dizem que controlo a RAI», disse ainda ao sair do estúdio, já fora de cena. Por decisão do director de informação da RAI 3, a peça foi para o ar ao princípio da tarde no programa «In mezz'ora» como se fosse em directo, não editada e sem cortes. Berlusconi e o dirigente do centro esquerda Romano Prodi, seu principal adversário nas eleições legislativas de 09 e 10 de Abril, terão um primeiro debate televisivo, seguido de outro, a 03 de Abril.

Excerto da entrevista pode ser vista clicando aqui.

BLOGUÍTICA


Da prata da casa, o CEPRI recomenda esta semana o blogue do Professor João Paulo Carvalho Gorjão, com diversos temas da política nacional e internacional, links sempre interessantes e uma cuidada análise da actualidade.

A não perder em www.bloguitica.blogspot.com ...

EUA e Grã-Bretanha podem estar a desenvolver arma nuclear


Segundo uma notícia avançada hoje pelo jornal "Sunday Times", os Estados Unidos e a Grã-Bretanha poderão estar a desenvolver secretamente uma nova arma nuclear. A notícia é divulgada hoje pelo Jornal Britânico "Sunday Times", que acusa ambos os países de não respeitarem o acordo de Não Proliferação de Armamento Nuclear.

O "Sunday Times" cita uma fonte que garante que a confidencialidade da nova arma passa por testes laboratoriais que garantam a eficácia total do armamento. A única forma de evitar a quebra do acordo de não proliferação de armas nucleares passa pelo número de ogivas da nova arma, que terá obrigatoriamente de ser inferior ao do armamento existente em ambos os países.

III CONGRESSO APCP


Será nos próximos dias 30 e 31 de Março de 2006 que terá lugar o III Congresso da Associação Portuguesa de Ciência Política, que guarda como objectivos contribuir para a autonomia e o desenvolvimento da Ciência Política em Portugal. Para a prossecução deste objectivo, a Associação propõe-se promover a investigação, divulgar resultados e proporcionar contactos entre centros e investigadores, nacionais e estrangeiros.

Mais informações sobre os diversos paineis de convidados e temas a debater, consultar o programa.

sábado, março 11, 2006

O CEPRI RECOMENDA....

Robert Baer é um experiente agente da CIA, dedicado à investigação do terrorismo. Nos tempos mais recentes e em simulâneo com a intensificação das acções do terrorismo, assiste ao que parece ser uma diminuição das acções de combate a elas, provocada pela interveção política junto da agência federal. A situação complica-se para Robert quando um executivo da área petrolífera e a sua mulher, seus amigos pessoais, são envolvidos numa acção terrorista e Robert é chamado a intervir.

Um filme com George Clooney, Matt Dammon, Jeffrey Wright e Amanda Peet.
George Clooney foi galardoado com o óscar de melhor actor secundário pela sua interpretação em "Syriana".

Veja aqui o trailler do filme ou consulte directamente o Site do filme

Irão recusa obedecer a ordens da ONU


O Irão "nunca" obedecerá a uma eventual ordem do Conselho de Segurança para que suspenda o enriquecimento de urânio e admite abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) se os interesses do país forem postos em causa.

"Pensamos que podemos assegurar os nossos direitos (de produção de energia nuclear) em consonância com o mecanismo internacional sobre esta matéria, do qual o Irão faz parte, mas se os mecanismos existentes deixarem de assegurá-los, a política da República Islâmica poderá eventualmente ser revista e reconsiderada", disse o chefe da diplomacia iraniana, Manuchehr Mottaki.

O porta-voz do ministério, Hamid Reza Assefi, declarou que "na presente fase um abandono do TNP não está na agenda" do Irão, e que o país aguarda pelos resultados da próxima reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano.

No entanto, Respondendo à pergunta de um jornalista, o porta- voz da diplomacia iraniana respondeu que o Irão "nunca" obedecerá a uma eventual ordem do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que suspenda o enriquecimento de urânio.

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se nos próximos dias para pedir ao Irão que satisfaça as exigências da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) de suspender as suas actividades nucleares sensíveis