quarta-feira, fevereiro 01, 2006

State of the Union 2006


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O Presidente dos Estados Unidos da América fez ontem o discurso anual sobre o Estado da União. Perante o Congresso norte-americano, George W. Bush deixou bem claro que não pretende uma retirada brusca das tropas do Iraque. Um outro enfoque foi a preocupação em reduzir a dependência do país face ao petróleo proveniente do Médio Oriente. Num discurso de 52 minutos, Bush esboçou as prioridades políticas dos Estados Unidos. Grande parte do tempo foi dedicado aos temas internacionais.

A questão do Iraque

O Presidente dos Estados Unidos sublinhou que não pretende uma retirada brusca das tropas norte-americanas do Iraque. “Estamos nesta batalha para ganhar e estamos no rumo da vitória”, afirmou George W. Bush.
Bush explicou que, à medida em que vão sendo feitos progressos no terreno e que as tropas iraquianas vão tomando maiores responsabilidades, irá ser possível retirar alguns grupos de intervenção. No entanto, disse Bush, essa será uma decisão dos comandos militares e não uma iniciativa de Washington.

A dependência energética

George W. Bush alertou para o problema da dependência energética dos Estados Unidos. O Presidente norte-americano explicou que uma das grandes metas da sua política será a redução de 75 por cento nas importações de petróleo do Médio Oriente até 2025. Segundo Bush, a diminuição da dependência energética vai ser possível através do desenvolvimento das energias alternativas, como o etanol. "O nosso objectivo é tornar o etanol utilizável e competitivo em menos de seis anos", anunciou.

Apelos ao Hamas e recados para o Irão

Bush dedicou parte do seu discurso à questão do Médio Oriente. O Presidente norte-americano apelou ao Hamas que renuncie à violência e que reconheça Israel para permitir a paz na região. Durante o discurso também foram lançados alguns recados ao Irão. "O governo iraniano desafia o mundo com as suas ambições nucleares” denunciou o chefe de Estado, acrescentando que “a América vai continuar a unir o Mundo para fazer frente a esta ameaça".

Espionagem em nome da segurança

Bush sublinhou que o programa de espionagem interno que o seu governo autorizou para controlar presumíveis terroristas "continua a ser essencial para a segurança dos Estados Unidos". "Autorizei um programa de vigilância terrorista para seguir as comunicações internacionais de presumíveis agentes da Al-Qaeda desde e para os Estados Unidos", admitiu o Presidente dos EUA.

Palavras contra o proteccionismo

Bush lançou duras críticas aos que não conseguem encarar o aparecimento de novos concorrentes, como a Índia e a China, afirmando que esta filosofia proteccionista transformará o país numa "economia de segundo plano". “Os proteccionistas vão querer escapar à concorrência, afirmando que poderemos conservar o nosso nível de vida se nos protegermos dentro dos muros da nossa economia”, lamentou Bush, explicando que centralizar o poder em Washington e aumentar os impostos não são soluções.

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