Às vezes tu dizias:
os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
E eu acreditava.
Acreditava,porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:uns olhos como todos os outros.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:uns olhos como todos os outros.
Já gastamos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam,
só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam,
só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
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