Depois de um prolongadíssimo período de ausência volto à blogosfera, contente por ter acabado mais um período de exames (ou quase, visto que ainda faltam duas orais).
O bom de estar-mos num curso de Relações Internacionais (ou Ciência Política) é que mesmo num período como o dos exames, onde somos impedidos de prestar tanta atenção à realidade que nos rodeia, não podemos deixar de estar minimamente informados sobre esta realidade, sob pena de perder-mos valiosas informações de um dia para o outro.
Nestas condições tenho tentado manter-me informado sobre os três grandes acontecimentos dos últimos tempos na política internacional: o "caso iraniano", a vitória do Hamas e a questão dos cartoons. Qual é o elemento comum (e óbvio) aos três dossiers? O Islão, que parece cada vez mais determinado em absorver todas as atenções no mundo, para grande desgraça de outras regiões do mundo em iguais ou muito piores condições como África, América Latina ou, ainda mais próximo, os Balcãs. Como exemplo sintomático deste fenómeno relembre-mos a Cimeira do G8 de Gleneagles, na Escócia em Julho do ano passado, cujo objectivo era tornar o Continente Africano o "centro das atenções" e que agora é mais prontamente recordada por coincidir com (e possivelemente inspirar) os ataques de Londres.
Já chegamos ao ponto de ontem, numa conferência para o diálogo inter-cultural, o chefe da diplomacia da UE Javier Solana pedir desculpas ao mundo islâmico sem nenhuma razão directa para o fazer. Diálogo e respeito entre culturas sim, renegar a nossa liberdade e modo de vida não!
terça-feira, fevereiro 14, 2006
terça-feira, fevereiro 07, 2006
A Guerra dos Cartoons
No rescaldo do "Prós e Contras" de ontem, parece-me que muito ficou pra discutir, ou pra esclarecer até! E o grande problema nem foi sequer dos oradores, ou da sua qualidade, mas sim da escolha que foi feita para lá ir debater o assunto. Que se poderia esperar de dois cartoonistas, cujo trabalho apenas alcança estas proporções porque o fanatismo islâmico lhas quis conferir?
Que esperar de dois "líderes" religiosos (pelo menos assim lhe chamou a Fátima) que estavam comprometidos, um com o passado e outro com o presente? O problema, que está longe de ser os cartoons, insere-se apenas na esfera da política internacional, e da amplificação fanática que os líderes religiosos islâmicos e os responsáveis políticos lhe têm conferido. São basicamente um pretexto pra justificar, entre outras coisas, a necessidade de o Irão se armar nuclearmente.
Servem, assim, pra incitar as mentes mais frágeis a reagir contra o ocidente, que de uma forma tão profana anda a materializar a figura do profeta.
A questão é que o jornal dinamarquês nunca chegaria ao mundo árabe caso não fosse propositadamente pra lá levado. A questão passa também pela necessidade, que decorreu de setembro a janeiro, de espalhar os cartoons pelo mundo árabe, ou seja, atear um rastilho que já estava regado com gasolina. Se se tivesse tratado de um conjunto de grafitis, provavelmente teria identica reprecurssão, pois alguém se encarregaria, antes de destruir o muro, de lhe tirar umas fotos e leva-las tal qual se fez com o jornal.
Tudo isto passa pela liberdade de expressão. O problema é que o que se entende por liberdade de expressão no ocidente e no mundo árabe são obviamente coisas muito díspares, e com flexibilidades totalmente diferentes. Deste modo, arrisco a dizer que não entendo de que forma foram escolhidos os convidados de ontem, pois na realidade apenas dois estavam aptos a discutir a essência do problema, e naquele ambiente só um se conseguiu exprimir.
Não me vou agora debruçar sobre formas de resover o problema. Não tenho tempo.
Mas acho que deviamos pensar um bocado nisto.
Mas acho que deviamos pensar um bocado nisto.
sábado, fevereiro 04, 2006
Às Armas!!!

O C.E.P.R.I. tem o prazer de apresentar as armas heráldicas do Centro de Estudos Políticos e de Relações Internacionais. Algo que andava escondido na blogosfera mas que foi descoberto e com significado:
Escudo partido: I, de azul, um globo-mundo de prata cintado e cruzado de ouro; II, contra-esquartelado de azul e de prata, um cavalo escaquístico entrecambado;
Virol: de azul e de prata;
Timbre: um pelicano em sua piedade de prata, ferido de vermelho.
Simbologia: As cores do escudo - azul e prata - remetem para as cores usadas por Portugal desde a fundação da nacionalidade.
No primeiro campo, o globo, simultaneamente símbolo do Mundo e do Poder, alude ao objecto de estudo das Relações Internacionais;
No segundo campo, referente à componente de Ciência Política, o esquartelado alude ao tabuleiro do jogo do xadrez, concretização lúdica da luta pelo poder; ao passo que o cavalo escaquístico representa a capacidade de compreender e abranger a vertente política da vida do Homem em sociedade.
No segundo campo, referente à componente de Ciência Política, o esquartelado alude ao tabuleiro do jogo do xadrez, concretização lúdica da luta pelo poder; ao passo que o cavalo escaquístico representa a capacidade de compreender e abranger a vertente política da vida do Homem em sociedade.
Também disponível no Centro Lusíada de Estudos Genealógicos e Heráldicos estão todas as Armas dos cursos lecionados pela Universidade, bem como de outros centros e núcleos pertencentes à Universidade. Podem ser facilmente consultados os de Ciência Política e de Relações Internacionais entre outros...
Sociedade de Informação

O C.E.P.R.I. apresenta a todos o site Today's Front Page que consiste numa ferramenta que é a verdadeira sociedade de informação. Através do link podemo aceder às primeiras páginas dos jornais do dia em todo mundo, com a facilidade de não termos de entrar no site de cada jornal.
Um instrumento bastante útil que decerto vale a pena adicionar aos favoritos.
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
State of the Union 2006

A reportagem pode ser vista através do link
A cerimónia completa em Inglês pode ser vista aqui
O Presidente dos Estados Unidos da América fez ontem o discurso anual sobre o Estado da União. Perante o Congresso norte-americano, George W. Bush deixou bem claro que não pretende uma retirada brusca das tropas do Iraque. Um outro enfoque foi a preocupação em reduzir a dependência do país face ao petróleo proveniente do Médio Oriente. Num discurso de 52 minutos, Bush esboçou as prioridades políticas dos Estados Unidos. Grande parte do tempo foi dedicado aos temas internacionais.
A questão do Iraque
O Presidente dos Estados Unidos sublinhou que não pretende uma retirada brusca das tropas norte-americanas do Iraque. “Estamos nesta batalha para ganhar e estamos no rumo da vitória”, afirmou George W. Bush.
Bush explicou que, à medida em que vão sendo feitos progressos no terreno e que as tropas iraquianas vão tomando maiores responsabilidades, irá ser possível retirar alguns grupos de intervenção. No entanto, disse Bush, essa será uma decisão dos comandos militares e não uma iniciativa de Washington.
A dependência energética
George W. Bush alertou para o problema da dependência energética dos Estados Unidos. O Presidente norte-americano explicou que uma das grandes metas da sua política será a redução de 75 por cento nas importações de petróleo do Médio Oriente até 2025. Segundo Bush, a diminuição da dependência energética vai ser possível através do desenvolvimento das energias alternativas, como o etanol. "O nosso objectivo é tornar o etanol utilizável e competitivo em menos de seis anos", anunciou.
Apelos ao Hamas e recados para o Irão
Bush dedicou parte do seu discurso à questão do Médio Oriente. O Presidente norte-americano apelou ao Hamas que renuncie à violência e que reconheça Israel para permitir a paz na região. Durante o discurso também foram lançados alguns recados ao Irão. "O governo iraniano desafia o mundo com as suas ambições nucleares” denunciou o chefe de Estado, acrescentando que “a América vai continuar a unir o Mundo para fazer frente a esta ameaça".
Espionagem em nome da segurança
Bush sublinhou que o programa de espionagem interno que o seu governo autorizou para controlar presumíveis terroristas "continua a ser essencial para a segurança dos Estados Unidos". "Autorizei um programa de vigilância terrorista para seguir as comunicações internacionais de presumíveis agentes da Al-Qaeda desde e para os Estados Unidos", admitiu o Presidente dos EUA.
Palavras contra o proteccionismo
Bush lançou duras críticas aos que não conseguem encarar o aparecimento de novos concorrentes, como a Índia e a China, afirmando que esta filosofia proteccionista transformará o país numa "economia de segundo plano". “Os proteccionistas vão querer escapar à concorrência, afirmando que poderemos conservar o nosso nível de vida se nos protegermos dentro dos muros da nossa economia”, lamentou Bush, explicando que centralizar o poder em Washington e aumentar os impostos não são soluções.
quarta-feira, janeiro 25, 2006
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Cavaco dispensa oral com Dr. Alegre
Cavaco Silva passa com 10 Valores
Contrariando todas as últimas sondagens, que ao longo do último mês vieram garantindo a estrondosa vitória à primeira volta com percentagens desde os 60% aos 53%, o doutor Cavaco, esse pobre e humilde senhor, representante de todos os portugueses, vence (confirma-se) mas apenas com 10 valores, nesta difícil prova. Uma maioria absoluta, que hoje se começa naturalmente a desvanecer, levou cavaco a Belém com apenas cerca de 2,5 milhões de votos. É pouco, muito pouco mesmo para se ser o presidente de todos os 8 milhões e oitocentos mil portugueses eleitores. Pode dizer-se que a culpa, porque há sempre um culpado, é da abstenção, dos cerca de 38% dos eleitores que decidiram o seu voto em casa, no sofá da sala. No entanto, estes 38% de abstenção parencem-me muito claros. Se tivessem saído de casa para votar, Cavaco teria de disputar uma segunda volta com Alegre. Teria de se apresentar a oral com o poeta! Esta foi uma típica abstenção por certeza de derrota da esquerda. Poderia ter sido diferente se a esquerda se tivesse apresentado unida. Mas este humilde senhor, vindo lá de longe, de Boliqueime, professor catedrático, ex-primeiro-ministro, poderá e deverá ser um bom presidente. Ele, hoje, é já irremediavelmente o Presidente de todos os portugueses. A partir de dia nove terá hipótese de mostrar se há uns portugueses mais iguais do que outros. Se será capaz de colaborar eficazmente com São Bento. Se será capaz de contribuir para elevar a moral dos portugueses (a isso se comprometeu). Vamos ver!
Contrariando todas as últimas sondagens, que ao longo do último mês vieram garantindo a estrondosa vitória à primeira volta com percentagens desde os 60% aos 53%, o doutor Cavaco, esse pobre e humilde senhor, representante de todos os portugueses, vence (confirma-se) mas apenas com 10 valores, nesta difícil prova. Uma maioria absoluta, que hoje se começa naturalmente a desvanecer, levou cavaco a Belém com apenas cerca de 2,5 milhões de votos. É pouco, muito pouco mesmo para se ser o presidente de todos os 8 milhões e oitocentos mil portugueses eleitores. Pode dizer-se que a culpa, porque há sempre um culpado, é da abstenção, dos cerca de 38% dos eleitores que decidiram o seu voto em casa, no sofá da sala. No entanto, estes 38% de abstenção parencem-me muito claros. Se tivessem saído de casa para votar, Cavaco teria de disputar uma segunda volta com Alegre. Teria de se apresentar a oral com o poeta! Esta foi uma típica abstenção por certeza de derrota da esquerda. Poderia ter sido diferente se a esquerda se tivesse apresentado unida. Mas este humilde senhor, vindo lá de longe, de Boliqueime, professor catedrático, ex-primeiro-ministro, poderá e deverá ser um bom presidente. Ele, hoje, é já irremediavelmente o Presidente de todos os portugueses. A partir de dia nove terá hipótese de mostrar se há uns portugueses mais iguais do que outros. Se será capaz de colaborar eficazmente com São Bento. Se será capaz de contribuir para elevar a moral dos portugueses (a isso se comprometeu). Vamos ver!
sábado, janeiro 14, 2006
GOOD LUCK!

O CEPRI vem desejar a todos os alunos das licenciaturas de Ciência Política e de Relações Internacionais, os votos de muito sucesso para esta época de exames que agora se inicia e que se espera seja cumprida com normalidade e muita satisfação. Desejamos a todos boa sorte e a perseverança necessária para vencer mais esta jornada que durará cerca de um mês.
P.S. Queremos deixar uma palavra de estímulo, em particular aos alunos do 3º ano de Ciência Política, Gestão e Economia, para o exame de Finanças Públicas que se adivinha e que a imagem tão bem ilustra.
sexta-feira, janeiro 13, 2006
China vs Mundo II

Sim, se algum dia quiserem vir à China das duas uma, ou sabem falar a língua, ou então o melhor é arranjarem um bom amigo Chinês que ande convosco para todo o lado senão os Chineses tentam cobrar-vos o máximo de dinheiro possível pois os estrangeiros aqui são universalmente considerados ricos.
Voltando a Nan Hao; Nan Hao é uma ilha onde qualquer pessoa já habituada ao quotidiano de uma qualquer cidade Chinesa se sente no paraíso. Lá a poluição é quase "inexistente" ou não se dá por sua conta tanto como no Continente, e onde se pode andar e ouvir o som do silêncio que na China é um bem raro!!!!
Agora estou de volta a Shantou para começar um novo ciclo de aulas, fim das quais estarei livre para viajar um mês pela China dentro começando por Guilin.
Entretanto prometo que até ao fim do ano Chinês que vai ser celebrado no dia 29 deste mês darei mais notícias e que durante a minha "expedição" darei notícias sempre que possível!
Termino com uma fotografia de 75% da comunidade Latina em Shantou.

Bernardo Figueiredo (Port), Mario Villeda (S.Salvador), Diogo Alvim (Port)
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Complexos de Superioridade
Nunca gostei do Presidente George Bush, mas também nunca caí na tentação de criticá-lo com os argumentos típicos da conversa de café.
Tentei, sempre que era possível, perceber a razão por trás das suas decisões e percebi que a grande maioria delas estava fundamentada num conjunto de princípios ideológicos simples e coeso, mas muito poderoso, o qual lhe permitia formular uma linha política internamente coerente. O “castelo” ideológico estava tão bem construído que conseguiu de facto desmantelar toda a oposição, como é fácil perceber pelo comportamento errático do partido democrata nos últimos anos.
Contudo, toda esta coerência ideológica parece que desapareceu no ano de 2005, com uma série de acontecimentos que marcaram negativamente a vida política americana ao longo do ano.
Não vou nem sequer analisar a política externa de G. Bush, mas antes quero comentar quatro episódios da sua política interna:
No Verão, o Presidente decidiu apresentar a sua consultora jurídica como candidata para o cargo judicial mais importante do país (a presidência do Tribunal Supremo), num exemplo claro de favoritismo que não se via desde a administração de Nixon.
Pouco tempo depois, o gabinete do Vice-Presidente, num gesto de vingança divulgou a identidade duma agente da CIA, pondo em risco a vida dessa pessoa e quebrando, assim, pelo menos uma lei federal.
No mês de Dezembro houve mais dois acontecimentos importantes: a polémica em torno ao uso da tortura e uma outra relativamente ao recurso a escutas internas por parte de agências federais.
No primeiro caso, o que para o resto dos países democráticos e que respeitam os Direitos Humanos é uma questão de lógica, para a administração Bush tem sido, nos últimos anos, uma questão necessária e legal para preservar a segurança: o recurso à tortura para obter informações é uma prática desumana e violadora dos DD HH, além disso é do conhecimento geral que não é uma prática efectiva, uma vez que se obtêm regularmente respostas falsas ou inúteis. Mesmo assim G. Bush e Dick Cheney consideram que ela deve ser usada regularmente.
No segundo caso, o Presidente aprovou desde o 11 de Setembro que as agências federais possam interceptar comunicações dentro do território americano sem uma ordem judicial no âmbito do “Patriot Act” e da luta contra o terrorismo. Além da questão do respeito pela privacidade que este acto levanta, existe uma outra sobre a sua legalidade, uma vez que, mesmo podendo faze-lo por vias legais, parece que o Presidente aprovou a prática ilegalmente.
Este pequeno conjunto de “incidentes” não demonstra, mas aponta para uma tendência no comportamento do Presidente, onde parece que G. Bush se considera acima das leis, podendo quebrá-las sempre que seja necessário defender a segurança dos Estados Unidos. Pelo caminho ficam a separação dos poderes do Estado, a supremacia do poder legislativo, o respeito pelos direitos e garantias e muitos outros elementos que caracterizam o Estado de Direito.
Respeitando as devidas diferenças, os poderes que George Bush tem vindo a adquirir desde os acontecimentos do 11 de Setembro e a impunidade com que os tem vindo a exercer lembram-me os períodos ditos excepcionais quando o Senado romano conferia a um líder o estatuto de Dictator, entregando-lhe todo o controlo do Estado durante um espaço limitado de tempo com o dever de restabelecer a segurança. Com os anos a prática tornou-se habitual, marcando o fim da República Romana. No Reino Unido, com a recente derrota da legislação anti-terrorismo de Tony Blair, o Parlamento decidiu que o respeito pelos direitos era mais importante que a segurança nacional; esperemos que o Congresso norte-americano também se aperceba disso.
Tentei, sempre que era possível, perceber a razão por trás das suas decisões e percebi que a grande maioria delas estava fundamentada num conjunto de princípios ideológicos simples e coeso, mas muito poderoso, o qual lhe permitia formular uma linha política internamente coerente. O “castelo” ideológico estava tão bem construído que conseguiu de facto desmantelar toda a oposição, como é fácil perceber pelo comportamento errático do partido democrata nos últimos anos.
Contudo, toda esta coerência ideológica parece que desapareceu no ano de 2005, com uma série de acontecimentos que marcaram negativamente a vida política americana ao longo do ano.
Não vou nem sequer analisar a política externa de G. Bush, mas antes quero comentar quatro episódios da sua política interna:
No Verão, o Presidente decidiu apresentar a sua consultora jurídica como candidata para o cargo judicial mais importante do país (a presidência do Tribunal Supremo), num exemplo claro de favoritismo que não se via desde a administração de Nixon.
Pouco tempo depois, o gabinete do Vice-Presidente, num gesto de vingança divulgou a identidade duma agente da CIA, pondo em risco a vida dessa pessoa e quebrando, assim, pelo menos uma lei federal.
No mês de Dezembro houve mais dois acontecimentos importantes: a polémica em torno ao uso da tortura e uma outra relativamente ao recurso a escutas internas por parte de agências federais.
No primeiro caso, o que para o resto dos países democráticos e que respeitam os Direitos Humanos é uma questão de lógica, para a administração Bush tem sido, nos últimos anos, uma questão necessária e legal para preservar a segurança: o recurso à tortura para obter informações é uma prática desumana e violadora dos DD HH, além disso é do conhecimento geral que não é uma prática efectiva, uma vez que se obtêm regularmente respostas falsas ou inúteis. Mesmo assim G. Bush e Dick Cheney consideram que ela deve ser usada regularmente.
No segundo caso, o Presidente aprovou desde o 11 de Setembro que as agências federais possam interceptar comunicações dentro do território americano sem uma ordem judicial no âmbito do “Patriot Act” e da luta contra o terrorismo. Além da questão do respeito pela privacidade que este acto levanta, existe uma outra sobre a sua legalidade, uma vez que, mesmo podendo faze-lo por vias legais, parece que o Presidente aprovou a prática ilegalmente.
Este pequeno conjunto de “incidentes” não demonstra, mas aponta para uma tendência no comportamento do Presidente, onde parece que G. Bush se considera acima das leis, podendo quebrá-las sempre que seja necessário defender a segurança dos Estados Unidos. Pelo caminho ficam a separação dos poderes do Estado, a supremacia do poder legislativo, o respeito pelos direitos e garantias e muitos outros elementos que caracterizam o Estado de Direito.
Respeitando as devidas diferenças, os poderes que George Bush tem vindo a adquirir desde os acontecimentos do 11 de Setembro e a impunidade com que os tem vindo a exercer lembram-me os períodos ditos excepcionais quando o Senado romano conferia a um líder o estatuto de Dictator, entregando-lhe todo o controlo do Estado durante um espaço limitado de tempo com o dever de restabelecer a segurança. Com os anos a prática tornou-se habitual, marcando o fim da República Romana. No Reino Unido, com a recente derrota da legislação anti-terrorismo de Tony Blair, o Parlamento decidiu que o respeito pelos direitos era mais importante que a segurança nacional; esperemos que o Congresso norte-americano também se aperceba disso.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Brincadeira de crianças (ou trabalho de F.P.?!?!)
Diz um miúdo pra outro:
- Vamos brincar?
- Vamos, mas a qué?
- Aos Funcionário Públicos!!
- E como é que é?
- Então, o primeiro que se mexer, perde!!!!!!!
- Vamos brincar?
- Vamos, mas a qué?
- Aos Funcionário Públicos!!
- E como é que é?
- Então, o primeiro que se mexer, perde!!!!!!!
Contra factos não há argumentos...
1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se
vires Soares, põe-te a chorar.
2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Soares, mais cedo se
enterra.
3) Soares a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Soares lixa-se.
5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em
Soares, tem cem anos de aflição.
6) Gaivotas em terra temporal no mar; Soares em Belém, o povinho a penar
7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Soares quem se quer afogar.
8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Soares, Soarão,
manhã de Inverno tarde de inferno.
9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Soares é burro
mesmo.
10) Peixe não puxa carroça; voto em Soares, asneira grossa.
11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Soares empossado, povinho
atropelado.
12) A ocasião faz o ladrão, e de Soares um aldrabão.
13) Antes só que mal acompanhado, ou com Soares ao lado.
14) A fome é o melhor cozinheiro, Soares o melhor coveiro.
15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Soares, não se
faz à gente.
16) Boda molhada, boda abençoada; soares eleito, pesadelo perfeito.
17) Casa roubada, trancas na porta; Soares eleito, ervas na horta.
18) Com soares e bolos se enganam os tolos.
19) Não há regra sem excepção, nem Soares sem confusão.
20) De Soares, nem bom vento nem bons ares.
vires Soares, põe-te a chorar.
2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Soares, mais cedo se
enterra.
3) Soares a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Soares lixa-se.
5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em
Soares, tem cem anos de aflição.
6) Gaivotas em terra temporal no mar; Soares em Belém, o povinho a penar
7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Soares quem se quer afogar.
8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Soares, Soarão,
manhã de Inverno tarde de inferno.
9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Soares é burro
mesmo.
10) Peixe não puxa carroça; voto em Soares, asneira grossa.
11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Soares empossado, povinho
atropelado.
12) A ocasião faz o ladrão, e de Soares um aldrabão.
13) Antes só que mal acompanhado, ou com Soares ao lado.
14) A fome é o melhor cozinheiro, Soares o melhor coveiro.
15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Soares, não se
faz à gente.
16) Boda molhada, boda abençoada; soares eleito, pesadelo perfeito.
17) Casa roubada, trancas na porta; Soares eleito, ervas na horta.
18) Com soares e bolos se enganam os tolos.
19) Não há regra sem excepção, nem Soares sem confusão.
20) De Soares, nem bom vento nem bons ares.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Mania da perseguição
Agora que o dia das eleições se aproxima e as sondagens parecem não ser favoráveis, o Avô Soares resolve apontar baterias à Comunicação Social.
O que o desespero faz a um homem sem argumentos para dar a volta a uma vida plena de erros.
O que o desespero faz a um homem sem argumentos para dar a volta a uma vida plena de erros.
terça-feira, janeiro 03, 2006
Afinal estou vivo!!!
É verdade! Antes que alguém resolvesse decretar-me morto por passar mais de seis meses sem dar sinal de vida aqui mando umas notícias frescas vindas do outro lado do mundo mais precisamente do Império do Meio.
Por aqui as coisas continuam um pouco na mesma, o tempo parece que já está a aquecer outra vez.. mal deu para sentir saudades do tempo quente.
As aulas nas Universidades já acabaram, agora é a época de exames que também já está quase no fim. Fazer 150 a 180 exames orais é de morte. Nunca antes tinha visto turmas tão grandes como aqui na China, a média é de 50 alunos por turma o que dá para pôr a cabeça em agua a um Santo!
Para já mando apenas este pequeno OLÁ com a promessa de que serei mais assiduo na participação neste blog.
Por aqui as coisas continuam um pouco na mesma, o tempo parece que já está a aquecer outra vez.. mal deu para sentir saudades do tempo quente.
As aulas nas Universidades já acabaram, agora é a época de exames que também já está quase no fim. Fazer 150 a 180 exames orais é de morte. Nunca antes tinha visto turmas tão grandes como aqui na China, a média é de 50 alunos por turma o que dá para pôr a cabeça em agua a um Santo!
Para já mando apenas este pequeno OLÁ com a promessa de que serei mais assiduo na participação neste blog.
sábado, dezembro 31, 2005
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