quinta-feira, maio 25, 2006

"Roteiro para a inclusão".

De facto, a eleição de Cavaco Silva foi extremamente importante para o aumento da credibilidade da democracia portuguesa, pelo facto de, embora somente passados 30 anos, surgir um presidente de Direita.
Para a semana o presidente vai iniciar o seu "roteiro para a inclusão" que pretende contribuir para a diminuição da pobreza, causa que definiu como prioritária no discurso de 25 de Abril. Nessa altura vi teimosamente o Bloco e o PCP não aplaudirem o presidente e ouvi muitos a dizerem que o discurso do Cavaco era de Esquerda.
Mas será que ainda ninguem tinha percebido que a Direita também tem esse tipo de preocupações!? Foi por isso certamente que os partidos da extrema-esquerda incrivelmente ainda presentes no nosso parlamento decidiram não aplaudir. É que estava a ser lhes retirado algo que achavam que era exclusivo da esquerda: a justiça social. Desde o 25 de Abril, que a Esquerda, pretende confundir o regime autocrático do Estado Novo com a Direita democrática fazendo demagogia!
Na Direita, existe um método diferente de aplicar a justiça social, onde a sociedade cívil tem um papel fundamental, deixando o Estado de ser a resolução de todos os problemas. Ou seja existe a responsabilização do indíviduo, fazendo com que a solidariedade social não se esgote somente no pagamento de impostos.
Recorrentemente a Esquerda vê nos pobres um pretexto para criticar os ricos, mas esquece-se que não foi na União Soviética mas sim nos países mais ricos onde se encontrou maior justiça social.
Felizmente, hoje, a disputa eleitoral faz-se entre o PS e o PSD, mas é questionavel a razão de ser dos votos de 14% dos eleitores, já agora se desejam tanta pluralidade porque não legitimar igualmente os partidos de extrema-direita?..
Espero que hoje os partidos do centro redefinam as suas linhas ideológicas (aliás o PS devia-se chamar PSD pois apresenta um projecto social democrata, e o PSD devia-se chamar PPD pois representa melhor a sua posição ideológica) e permitam a existência de opiniões divergentes dentro dos seus partidos, é definitivamente saudável o debate interno, assim como é saudável no debate político em Portugal acabar acabar com a velha ideia da demonização da Direita!

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