Irónicamente, só pode, numa das suas últimas intervenções em que aproveitou para começar a alterar o seu discurso, Nicolas Sarkozy, refere que incendiar viaturas, destruir establecimentos comerciais e ferir polícias são atitudes completamente deploráveis. No entanto, "aqueles indivíduos não estavam a utilizar armas com balas, mas sim cartuchos com chumbos, ou seja, não eram carabinas nem G3, mas sim meras caçadeiras", portanto pode concluir-se que daqui não advém grande problema de segurança para os franceses.
Ora, então temos que considerar que se o facto da diferança de cartuchos e balas é essencial para Sarkozy, então poderá ser tanto mais desculpável o facto de outros nem sequer usarem armas de fogo, mas o fogo prorpiamente dito. Parece-me que o problema é demasiado grave e com contornos dificilmente limitáveis para que em França se ande ainda a discutir com que meios andam os vândalos a destruir bens alheios, para só depois então se decidir como agir. Bem sei que será complicado pôr em prática algumas medidas com vista à resolução do problema, e note-se que já se pondera pôr as tropas na rua, mas deixar que a destruição avançe, por mais três dias ou uma semana levará ao desgaste e descrédito total do governo de Villepin.
Rui Estêvão Alexandre
segunda-feira, novembro 07, 2005
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